Engraçado como as coisas que nos faziam felizes na infância parecem nos incomodar na vida adulta. Jogar futebol na chuva, por exemplo, era uma quimera: conheci jovens cidadãos que inclusive ESPERAVAM começar a chover para arregimentar seus asseclas e sair por aí pateando a pelota. Hoje convidar um adulto para jogar futebol já pode soar como ofensivo (“tenho muita coisa pra fazer… não tenho tempo… e o trabalho, como fica?… bem que eu queria ter esse tempo livre que vocês tem…”). Na chuva, então, jamais.
Pois sendo o Grenalzito uma clara afronta aos padrões vigentes, nada mais justo que nosso futebol praiero y moralizador fosse disputado sob torrencial chuvarada que caia na Guarda do Embaú. Além deste fato abençoado pelos DEUSES DO FUTEBOL, seguem alguns números do nosso 5º encontro:
5 jogadores viajaram mais ou menos 400 quilômetros para participar (3 deles no esquema “bate e volta”);
1 Pré-Adolescente jogou e foi devidamente iniciado ao futebol sulamericano (canela inchada, orgulho intacto);
1 Quilo de carne por pessoa foi assado, num claro exagero da nossa diretoria megalomaníaca;
3 gols foram marcados por André Fernandão, o Ronaldo Nazário de Viamão;
1 Gol de mão foi anulado pelo árbitro de vidro.
Teríamos outros pontos para destacar, mas no Grenalzito a vida real ainda supera a internet.
Fiquem agora com alguns registros para não parecer que somos (muito) mentirosos. Em 2018 tem mais!