A 6ª vez fora de casa

Rotina mantida e algumas conclusõem bem óbvias, mas importantes de serem lembradas.

Primeiro: hoje senti inveja do São Paulo. Sério, tu leu isso mesmo.

O SP parecia o Grêmio dos melhores tempos. Desde o primeiro minutos o tricolor paulista assombrou a saída de bola gremista, mordeu os zagueiros e jogou na força e na garra. Cara, esta frase é, históricamente, do Grêmio!

Mas o Grêmio desta noite demorou 50 minutos (vou repetir: cin-quen-ta mi-nu-tos: soletrando o absurdo: 5-0 m-i-n-u-t-o-s) para fazer a primeira falta.

Pior ainda (escuta essa, tenho até medo de escrever porque nem eu acredito): o Grêmio fez duas (de fé, 2, two, dos, II) faltas durante o jogo TODO.

Time que não para o adversário, não ganha. Time que não marca sob pressão, não vai a lugar nenhum. Time que não faz falta, não existe! O SP de hoje foi exemplo. O Grêmio não jogou hoje.

Passei a semana ouvindo jogadores (Souza, Túlio e Adilson) dizendo que o Grêmio deveria esperar pelos times quando joga fora.

Por quê?

Há um conflito de ideias no vestiário. Autuori diz que tem que jogar igual, com a mesma pegada, tomando iniciativa no Monumental e fora dele. Os jogadores correm em outra direção, dizendo que fora tem que esperar, sair só no contra-ataque. Tem que arrumar isso.

– Temos alguns argumentos (sobre as derrotas), mas não podemos externar porque fica ruim. São detalhes de base que estamos errando – disse Tcheco depois do jogo, deixando claro o que escrevi acima.

Tchê, demorou pra alguém arrumar isso.

Outra conclusão bem clara é que tenho que dar um jeito de botar uma TV a cabo em casa. O bar é massa, dá pra dar umas risadas, mas o que tem de corneteiro, olha, nem cara da social aguenta.

Hoje tive que ouvir nego pedindo a volta de Celso Roth. Aí, não dá pra aguentar. Desse jeito, é melhor ficar em casa ouvindo no rádio.

Mas bueno. Continuemos com as conclusões do jogo.

Jonas, quando entra, está mostrando mais serviço que Herrera quando sai jogando. Talvez seja aquele negócio: o reserva sempre joga mais. Talvez não.

Douglas Costa entrou “legalzinho”, deu uma movimentadinha, mas tem que comer muito arroz com feijão ainda.

O primeiro gol do São Paulo, sem tirar os méritos do passe de Hernanes e a conclusão de Dagoberto, foi nas costas do Fábio Santos e após o Souza prder uma bola dominada no campo defensivo.

De resto, Tcheco jogou bem. Aquele negócio: não foi um primor, mas voltou a acertar os passes e organizar o time. Ponto positivo.

Agora é o Cruzeiro (em casa), que vem crescendo. Depois é o Palmeiras (fora), o líder. Na sequência vem o Barueri (fora), a surpresa. Quer dizer, a parada está complicando. São duas fora em sequência.

E o Grêmio precisa ser Grêmio fora de casa. Só isso. Tem que morder, marcar, contra-atacar em velocidade, tomar iniciativa, brigar, reclamar com o juiz (hoje o Heber Roberto Lopes da Fifa e seus auxiliares da Fifa marcaram erroneamente dois impedimentos em ataques do Grêmio. E NÃO marcaram o impedimento no segundo gol do SP – não estou reclamando só dos erros. Estou dizendo que ninguém no Grêmio reclamou. Em casa, reclamariam. Por que fora não?

Esta é a questão. Em casa o Grêmio é peleador, capaz de virar um GRE-NAL. E fora é um projeto de time ruim.
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Os números do BR 09 – Caímos para 10º – increíble!

15 jogos

6 vitórias: Grêmio 2 x 0 Botafogo; Grêmio 3 x 0 Náutico; Grêmio 4 x 1 Atlético-PR; Grêmio 3 x 0 Corinthians; Grêmio 2 x 1 Inter; Grêmio 3 x 2 Santo André

3 empates: Grêmio 1 x 1 Santos; Fluminense 0 x 0 Grêmio; Grêmio 2 x 2 Goiás

6 derrotas: Atlético-MG 2 x 1 Grêmio; Vitória 1 x 0 Grêmio; Sport 3 x 1 Grêmio; Coritiba 2 x 1 Grêmio; Avaí 1 x 0 Grêmio; São Paulo 2 x 1 Grêmio

Gol (24 pró / 15 contra):
Maxi > 5
Jonas > 4
Souza > 4
Herrera > 3
Rafael Marques > 3
Tcheco > 2
Réver, Tcheco, Fábio Santos, Alex Mineiro (já não joga mais no Grêmio) > 1