Ainda há emoção

Este blog, inconscientemente, é um micro libelo contra a ignorância no futebol. Ora, um colorado e um gremista escrevendo juntos, onde já se viu!
Há outros espaços (muito) melhores e maiores com propostas parecidas, mas este especificamente me fez ver o futebol de outras maneiras.

Escrever aqui é saber que “o outro lado” também pode estar lendo. E no fundo também é não dar a menor bola pra isso!

Quando o Grêmio anunciou Renato como treinador, pensei racionalmente nos prós e contras. Entendia aquilo como uma “jogada” da direção para criar um “pacto” com a torcida. Nunca achei Portaluppi um grande treinador, com ideias de futebol que me agradem. Portanto considerei uma contratação “mediana”.

Pois com o anúncio do Inter de contratar Paulo Roberto Falcão, o 5 ideal e eterno, como treinador, tive de repensar meu posicionamento. A torcida gremista tinha total razão em ficar explodindo de alegria com a contratação de Renato. E eu só analisei “friamente” porque, claro, sou colorado. As duas ações podem ter sido realmente pensadas pelos dirigentes como “jogar para a torcida”. Mas como diria o sábio, “e daí”?

Um clube de futebol não vive de receita, cotas, vendas, compras… inclusive (e aqui muitos ainda não entendem) um clube não vive de títulos, glórias e conquistas.

Um clube vive de história.

E o sentimento proporcionado pela frase “Falcão de volta ao Internacional” nos colorados (o mesmo sentimento que os gremistas experimentaram no ano passado) nada mais é do que a certeza de que ainda há espaço para a história do futebol dentro da modernidade.

Grande Falcão. Grande Inter. Que alegria!

Fotos: Site do Inter (Alexandre Lops)