Mãe Dinahismo

LDU, a guardiã do G4


Aposto uma caixa de percevejo que o Botafogo será campeão brasileiro neste ano. Isso porque tem a tabela mais tetinha até a penúltima rodada (na última pega o Grêmio) e porque ninguém acredita que eles possam ser campeões, como não acreditavam no Flamengo de Andrade no ano passado.


Posto isso, parece que entreguei os pontos quanto a classificação do Grêmio para a Libertadores 2011. Não, não é bem assim. Aposto uma Quilmes que o Imortal fará valer sua alcunha e vá gatiar a quarta vaga. Ela existirá, porque a Liga Deportiva Universitaria de Quito (aquela da foto ali de riba) guardará a Copa Sul-Americana em seu armário, juntando às outras quatro taças continentais que lá estão – são duas Recopas, uma Libertadores e a Sula do ano passado. Ou seja, los liguistas serão bi e los brasileños morrerão na praia, tal qual 2009, quando o Fluzão era o Brasil na Sul-Americana.

É quase tudo impossível o que estou escrevendo. Mas se até o Guiñazu começou a chutar, por que eu não poço?

Fato é que para o Grêmio ficar em quarto no Br’10 precisa ganhar todos os jogos daqui pra diante, e parar com esse diz-que-me-disse das entranhas diretivas. Em 2008, líder do Brasileirão, a eleição e toda movimentação política atrapalhou o desempenho do time. Agora, Renato já alertou que a coisa começa a se repetir.

– Não podemos perder para nós mesmo – balbuciou, e causou furor na cartolagem.

Renovação de contratos, lista de dispensas, aumento de salário, tudo sendo discutido em meio ao campeonato, mexe com a cabeça de cada jogador, não há dúvida. Os novos dirigentes, se pensassem um pouco, diminuiriam a carga, deixando esse assunto para depois. Até porque, qualquer negociação vai depender da participação na Libertadores ou não.

E já que foi eleito remoçado quadro de conselheiros, que mudem a data destas eleições presidenciais, para que o problema não torne em 2012. #ficaadica

Entretanto, se minhas previsões estiverem furadas, nos sentiremos frustrados. Sei que o Grêmio do primeiro semestre teria caído – só saiu da zona da degola no dia 1º de setembro –, mas contentar-se com pouco nunca esteve no DNA gremista. Sempre queremos mais, e sempre desejamos o topo. Até por isso já fomos chacotas dos co-irmãos por comemorar uma vaga de Libertadores. Não cometamos o mesmo erro. Libertadores, para o Grêmio, tem que ser sinônimo de rotina, não de acaso.