Um dos nossos

Das poucas coisas que alegraram os colorados na temporada 2021: Taison Barcellos Freda.

O nosso eterno guri de Pelotas, voando em contra-ataques alucinantes e arrancadas improváveis desde a primeira década do século, voltou pra casa depois de longo inverno na terra de Andriy Shevchenko.

Bem mais do que os resultados técnicos e esportivos, Taison com a dezefaixa do Inter é símbolo de uma profunda ligação com a história do clube. Negro, pobre, gaúcho do interior, franzino, lutando contra todas as probabilidades da vida com duas das armas mais poderosas de todos os tempos: o talento e a vontade.

Hoje Taison é, acima de tudo, um cidadão. Vê-lo em ações sociais do clube, na arquibancada de um jogo decisivo do time feminino colorado ou na reinauguração das instalações da base infla o orgulho da torcida e nos relembra um pouco do porquê somos colorados.

Coisas que para os tecnocratas da bola não servem para nada. Pois que ele siga sendo exemplo para as novas gerações e que, em algum rincão perdido por aí, um novo piá (ou guria) pense: será que eu posso ser Taison?