Desfrute da Arte

Já ouviu um instrumento ser tocado ao vivo? Qualquer instrumento: gaita de boca, violão, pandeiro… qualquer um. Já reparou nas pessoas em volta? Nas crianças? É na hora, instantâneo, todos param. Adultos e crianças ficam como que hipnotizados e fascinados pelo som. Tem algo mais ali que só os acordes ou um som meio que não tão afinado assim.

Muda pro futebol e rola uma bola no chão ou bate numa parede… ou melhor ainda: vai num estádio de dia, vai de noite, vai nele vazio. Tem algo mais ali, é difícil explicar. Vi o Roger Waters de longe, o David Guilmour também. Não queria a proximidade, mas vê-los foi muito legal. Vi o Erasmo Carlos bem de perto, já mostrava a idade avançada, mas tinha aquela coisa que todos param para ver. Meu pai viu Eusébio, só falou disso por um bom tempo. “Ele deu uma meia lua ao contrário”, sempre contou esse lance.

Vi Falcão e era a mistura da elegância com a garra, impressionante ver ao vivo. Vi Zico, que era um risco, rápido, e se acontecia uma falta tu batia palmas mesmo se fosse contra o teu time.

Feliz de quem viu seus ídolos em vida (com vida) e no auge da sua arte. Quem viu os Beatles, Elis Regina, Belchior e outros… e quem viu Pelé. Se os Zicos, Falcões e Eusébios já eram magnéticos, imagine o Rei.

Vá ao estádio, escute canções, desfrute da arte, reverencie Pelé!