Assim é brabo!

Não sei porque ainda me empolgo em ver o Grêmio jogar quando a partida é fora de casa.

Veja bem o que aconteceu nesta quarta: trabalhei até às 18h, cheguei em casa, liguei a Gaúcha, ouvi a pré-jornada, tomei um banhão, a água caía na rua como caía dentro do box, calcei o manto, peguei o guarda-chuva e me boliei pro barzão.

Cheguei no bar, tudo fechado. Liguei pra dona e ela me informou que não abriria. “Estamos reformando”, justificou.

Voltei voando pra casa, com medo de perder o apito inicial. Já tinha deixado o rádio ligado pra minha cachorrinha ouvir a partida e eu ter com quem debater depois. E quando entrei no apartamento faltavam 5 minutos pra tudo recomeçar.

Era o reinício do sofrimento. Não que o Tricolor tenha sido pressionado pelo Santos. Não que tenhamos tomado um baile. Não que, talvez, num acaso, não pudéssemos ter vencido.

Mas, pensando melhor, acho que vencer, tipo, fazer gol, não poderíamos. Quer dizer, eu poderia, porque mesmo pelo rádio torci, xinguei, vibrei, pedi pra tocar a bola, pra marcar na pressão, pra chutar a gol.

Mas ouvi pouco o nome do Tcheco e do Souza, os criadores. Assim, Perea e Jonas também foram pouco mencionados.

Também não entendi as substituições de Atuori. O Grêmio mal, atrás, sem criação e nada do homem se mexer. Nem a rotineira melhora que acontece no Grêmio na volta do intervalo ocorreu neste jogo contra o Santos. Pelo contrário, piorou.

Primeiro o coach sacou Léo (machucado) para a entrada de Joilson, deslocando Mário Fernandes para a zaga. Ok, mas dois minutos depois ele saca Tcheco e coloca Thiego, mandando o Joilson pro meio e o zagueiro pra lateral-direita. Muita paranóia. Deixasse o Joilson lá na direita e tirasse Tcheco pra entrada Douglas, que poderia tentar um drible, um avanço diferente.

Enquanto isso, Souza, que achou que o Grêmio jogou bem, estava em qualquer outro lugar, menos na Vila Belmiro.

Depois Autuori tirou Jonas, sendo que Perea está voltando de lesão e estava visivelmente (até pelo rádio) mais cansado, para, enfim, colocar Douglas. Tudo muito tarde, tudo muito estranho.

Novamente a noite não foi boa. A paciência já elvis!