E eu / o que faço com esse 4-5-1?

Na busca desesperada de entender como o Inter se esparrama nas canchas do planeta, a Grenalzito Incorporated finalmente descobriu uma ferramenta GRÁTIS de desenhar times de botão no computador. O bagulho é tão barbada que até um jornalista conseguiria operar, portanto lá vai a primeira saga de esquemas táticos do nosso blogzito! Clique nos estrelões para ampliá-los.
O Modelo: Arsenal de Wenger, início da temporada 2010/2011

Sim Roth, admita. Tu também acorda sábado de manhã pra ver o Arsenal massacrando os BLACKBURNS da vida com seus 10 mil minutos de posse de bola. Wenger ainda joga nesses termos em 2011, mas com outras peças, como Wilshere no lugar de Arshavin e Chamack no lugar de Theo Walcott, liberando Van Persie de enganar como camisa 9.

O lance aqui é o seguinte: Não há centroavante, porém quatro jogadores formam o “ataque”. Fergusson “criou” na Inglaterra uma espécie de 4-1-4-1, com Rooney sendo o 1 final. Wenger monta seu Arsenal ainda mais flutuante na frente, pelo fato de Van Persie ser meia de origem. Então Fabregas arma o jogo por trás dos “meias-atacantes”, Song é o cabeça de área e Arshavin flutua entre a armação e o ataque, pendendo para o lado esquerdo (o lateral bom no apoio deles é o direito). Um 4-1-2-3.

O que o Inter tentou imitar? Posse de bola à exaustão, não ter referência no ataque, armação por trás dos meias.

A imitação (barata): Inter de Roth, segundo semestre de 2010

Quando Celso falava nas coletivas que estava aperfeiçoando o famigerado 4-5-1 (que muitos chamam de 4-2-3-1, como a seleção brasileira jogou na última Copa), estava dando um migué gigante.

Ele imaginava o Inter nos moldes londrinos dos Gunners: Alecsandro faria o que ele mais gosta (e não sabe fazer): teria liberade para flutuar no ataque, auxiliado por Sóbis aberto na esquerda e D’Ale aberto na direita. Ou seja, três “não-atacantes” em termos de posicionamento, mas com liberdade para criar as jogadas de ataque. Tinga viria por trás, mais centralizado, surgindo como elemento supresa dentro d’área, e Matias e Guina fariam uma linha de volantes, com GUINA MAIS PRESO para cobrir as subidas do Kleber.

Necessário dizer que, já na teoria, isso NUNCA funcionaria? Jogadores tentando cumprir funções que não eram as suas, poder de fogo nulo no ataque, buracos no meio, lado direito ofensivo falecido… 2 a 0 Mazembe!

O Ideal de Roth: Assim que ele pretende armar o time na Libertadores…

Com as saídas quase certas de Giuliano e Alecsandro, este seria o desenho tático de como o Inter pode começar o torneio continental das Américas.

Analisando a imagem, o ÓBVIO seria armar um quadrado no meio, com os volantes em “linha” e Matias (ou qualquer outro primeiro volante do planeta Terra) mais preso que Guina. Tinga e D’ale armando, Sóbis e Damião como uma dupla de ataque, e não isolados e separados por vários metros de grama.

Mas aí gurizada, isso seria um TEMÍVEL 4-4-2 clássico. E propor isso para um treinador MODERNO é quase uma afronta. Ao que tudo indica vamos jogar nesse 4-2-3-1 paraguaio. E sem o Giuliano para nos salvar…

Ps.: Estou tentando pensar num esquema bala pro time em 2011. Mas com as peças disponíveis, tá brabo o negócio! Se alguém tiver alguma ideia, caixa de comentários à disposição.